O Entusiasmo da tia Marcolina chegou ao ponto de mandar pôr no meu quarto um grande espelho, obra rica e magnífica.
Grande. E é uma enorme fineza, a melhor peça da casa. O senhor alferes merece muito mais.
Espelho grande?
Custa-me até entender.
O alferes eliminou o homem, ficou uma parte mínima de humanidade.Custa-lhes acreditar, não?
Vai entender.
Ora, um dia a tia Marcolina recebeu uma notícia grave, uma de suas filhas , estava mal e à morte.
Adeus, sobrinho! Adeus, alferes!
Você, venha comigo. Deixamos o alferes cuidando do sítio.
Fiquei só com os poucos escravos da casa. Logo senti uma grande opressão, era a alma exterior que se reduzia. O alferes continuava a dominar. Naquela noite, eles redobraram de alegria e protestos...
Nhô alferes há de casar com moça bonita, filha de general.
Antes assim fosse. Na manhã seguinte achei-me só, tinham resolvido fugir à noite. Fiquei triste pelo dano causado a tia e não sabia se ia até ela lhe dá a notícia triste ou ficava tomando conta da casa. Então, adotei pela segunda opção.
Matá-lo?
Mal podia eu suspeitar a intenção dos malvados.
Esperei que o cunhado da tia voltasse, mas a manhã passou sem vestígios dele e à tarde comecei a sentir uma sensação como de pessoa que houvesse perdido toda a ação nervosa. Minha solidão havia tomado proporções enormes.