A tragédia de Ricardo III é cheia de elementos literários comuns que são importantes para os estudantes explorarem. Um desses elementos é o herói trágico, um protagonista que parece ser malfadado e destinado à desgraça. Nesta peça, enquanto o próprio Richard admite que ele é um vilão e comete atos malignos, ele se encaixa em todos os atributos padrão de um herói trágico. O filósofo grego Aristóteles primeiro articulou os atributos ou princípios específicos de um herói trágico. Para o storyboard acima, os alunos podem usar um modelo para descrever as qualidades que fazem de Richard um herói trágico. O produto final descreve cada um dos princípios de Aristóteles com uma explicação detalhada dos atributos específicos.
| ATRIBUTO | DESCRIÇÃO | Exemplo de Ricardo III |
|---|---|---|
| Hamartia | Falha do herói que causa queda | Richard é movido por sua ambição de se tornar rei, independentemente de qualquer custo. |
| Arrogância | Orgulho excessivo | Richard acha que ele é invencível; ele é arrogante e acredita que conseguirá convencer lady Anne a se casar com ele, e ele matará todos em seu caminho para obter a coroa. |
| Peripécia | Reverso da Fortuna | Buckingham foge para o País de Gales e cria um exército contra Richard; Richard descobre que o conde de Richmond está trazendo um exército contra ele em um desafio final ao trono. Richard percebe que a maioria de seus aliados está morta ou se voltou contra ele. |
| Anagnorisis | Momento de descoberta crítica | Richard é visitado pelos fantasmas daqueles que ele é assassinado, e descobre que ele é um vilão do mal que se odeia. Pela primeira vez, ele está com medo. |
| Nêmesis | Destino que não pode ser evitado | Os fantasmas prevêem a derrota de Richard e a vitória de Richmond, e o sol se recusa a subir. Richard e Richmond se encontram no campo de batalha, onde Richard é morto. |
| Catarse | Sentimento da Audiência de Piedade ou Medo Após a Queda do Herói | O público sente uma ligeira pontada de piedade quando Richard percebe o quanto ele pecou ao matar tantas pessoas. Ele também mostra medo em sua derrota e desgraça iminente. |
(Essas instruções são totalmente personalizáveis. Depois de clicar em "Copiar atividade", atualize as instruções na guia Editar da tarefa.)
Crie um storyboard que mostre como Richard pode ser considerado um herói trágico.
Incorpore seus alunos na análise de Richard III indo além de modelos — peça que criem diários de personagem ou perfis de mídia social do ponto de vista de Richard. Essa abordagem incentiva empatia mais profunda e compreensão de suas motivações e falhas trágicas.
Selecione alunos para interpretar personagens-chave e ler cenas importantes em voz alta. Essa estratégia energiza a sala de aula, apoia a compreensão e permite que os estudantes experimentem as mudanças emocionais na jornada de Richard como um herói trágico.
Orientar os estudantes a mapear as decisões de Richard e seus resultados usando um gráfico visual. Isso ajuda os estudantes a ver conexões entre traços de personagem e eventos da trama, reforçando conceitos-chave de herói trágico.
Organize um debate em sala de aula onde os alunos defendam ou desafiem a ideia de que Richard III se encaixa no molde de herói trágico de Aristóteles. Debates promovem pensamento crítico e permitem que os estudantes pratiquem citar evidências do texto.
Pedir aos estudantes que escrevam pequenos registros refletindo sobre uma época em que enfrentaram uma escolha difícil ou uma falha, conectando sua experiência à jornada de Richard. Reflexão pessoal aprofunda a compreensão e torna o material mais relacionável.
Ricardo III é considerado um herói trágico porque exibe traços-chave aristotélicos: hamartia (falha fatal — sua ambição), hubris (orgulho excessivo), uma reversão de fortuna, anagnorise (autodescoberta crítica), nêmesis (destino inevitável) e ele inspira catharsis (lástima e medo) na audiência.
Os estudantes podem examinar a peça em busca de cenas que ilustram cada traço aristotélico: identificar a ambição de Ricardo como sua falha, momentos de orgulho e arrogância, sua queda após os aliados se voltarem contra ele, sua reconciliação com a culpa e a resposta emocional do público após sua derrota.
A hamartia de Ricardo é sua ambição implacável de tomar o trono a qualquer custo. Seu hubris aparece quando ele acredita arrogante que pode manipular qualquer um — incluindo Lady Ana — e eliminar todos os rivais sem consequências.
Catarse é importante porque permite que o público experimente lástima e medo enquanto Ricardo percebe seu próprio mal e enfrenta a derrota. Essa liberação emocional ajuda os espectadores a refletirem sobre as consequências da ambição desenfreada e da corrupção moral.
Atividades eficazes incluem criar um quadro de histórias mapeando as ações de Ricardo às características aristotélicas, discutir cenas-chave para cada atributo e escrever descrições curtas que conectem a jornada de Ricardo ao conceito de herói trágico.