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Unknown Story

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  • Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o. Quando percebi que o doente expirava, recuei aterrado, e dei um grito.
  • Quando percebi que o doente expirava, recuei aterrado, e dei um grito; mas ninguém me ouviu. Voltei à cama, agitei-o para chamá-lo à vida, era tarde; arrebentara o aneurisma, e o coronel morreu
  • Passei à sala contígua, e durante duas horas não ousei voltar ao quarto. Era um atordoamento, um delírio. Os gritos da vítima, antes da luta e durante a luta, continuavam a repercutir dentro de mim, eu ouvia distintamente umas vozes que me bradavam: assassino! assassino!
  • assasino!
  • assasino!
  • assasino!
  • Tudo estava calado. O mesmo som do relógio, lento, e seco. Colava a orelha à porta do quarto na esperança de ouvir um gemido, uma palavra ou injúria, qualquer coisa que significasse a vida, e me restituísse a paz à consciência. Mas nada, nada. Eu me arrependia-me de ter vindo.
  • Maldita a hora!
  • Como o silêncio, fui até janelas, Encostei-me ali por algum tempo, fitando a noite, deixando-me ir a uma recapitulação da vida, a ver se descansava da dor presente. Minutos depois, vi três ou quatro vultos de pessoas, era uma alucinação.
  • Antes do amanhecer decidi voltar ao quarto. Recuei duas vezes mas era necessário e entrei, ainda assim não cheguei logo onde o corpo estava. minhas pernas tremiam e meu coração não parava de bater. fui até onde estava e vi o sua face ainda com olhos abertos e boca aberta como se disse-se: Caim, que fizeste de teu irmão?
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